Território Tingui-Botó

Apresentação

A elaboração do Plano de Ação Tingui-Botó trata das particularidades locais. Contudo, a estrutura deste documento traz no seu cerne a proposta de ser, de certa forma, universal. As demandas apresentadas no processo de construção do Plano através do dialogo com os Tingui-Botó traz em questões urgentes no que concerne a realidade de lutas dos povos indígenas de toda a América Latina. Portanto, reconhecer as particularidades é, também, fazer o exercício de compreender as lutas comuns destes povos e suas culturas, seja no Estado de Alagoas, em outras partes do Brasil ou em outro canto da América Latina.

Apresentação

A elaboração do Plano de Ação Tingui-Botó trata das particularidades locais. Contudo, a estrutura deste documento traz no seu cerne a proposta de ser, de certa forma, universal. As demandas apresentadas no processo de construção do Plano através do dialogo com os Tingui-Botó traz em questões urgentes no que concerne a realidade de lutas dos povos indígenas de toda a América Latina. Portanto, reconhecer as particularidades é, também, fazer o exercício de compreender as lutas comuns destes povos e suas culturas, seja no Estado de Alagoas, em outras partes do Brasil ou em outro canto da América Latina.

Último Artigo

Fique em dia com as novidades.

A Luta Dos Mais Jovens

Se os anciãos carregam em seus relatos o sofrimento na luta pela sobrevivência e pela terra, os mais jovens trazem em suas palavras outras lutas em um período mais estável após a conquista da demarcação do território Tingui-Botó. As lutas dos jovens estão no campo da economia além da subsistência e pela afirmação da cultura Tingui-Botó. Os recentes avanços, acompanhados, também dos retrocessos em curso, são pautas da juventude Tingui-Botó. A luta contra o Marco Temporal, a construção da Associação de Jovens Produtores Tinguí-Botó e a Tinguí Filmes, que surgiu no contexto do programa Pontos de Cultura, mostram a organização jovem frente às políticas públicas e seus desmontes.

Saiba Mais

André Tingui

A Luta Dos Mais Jovens

Se os anciãos carregam em seus relatos o sofrimento na luta pela sobrevivência e pela terra, os mais jovens trazem em suas palavras outras lutas em um período mais estável após a conquista da demarcação do território Tingui-Botó. As lutas dos jovens estão no campo da economia além da subsistência e pela afirmação da cultura Tingui-Botó. Os recentes avanços, acompanhados, também dos retrocessos em curso, são pautas da juventude Tingui-Botó. A luta contra o Marco Temporal, a construção da Associação de Jovens Produtores Tinguí-Botó e a Tinguí Filmes, que surgiu no contexto do programa Pontos de Cultura, mostram a organização jovem frente às políticas públicas e seus desmontes.

Ler Mais
André Tingui

A Luta Dos Mais Velhos

Os relatos dos mais velhos, o Pajé, Adalberto Tingui-Botó (84 anos), filho de João Botó, Eduardo Tingui-Botó, seu filho (64 anos), o Cacique, Eliziano Tingui-Botó, Selma, liderança feminina (59 anos) e José Batista Tingui-Botó, liderança indígena (64 anos), são de um período de sofrimento e luta constante. As jornadas para Brasília estão presentes nas memórias e falas de todos eles. Histórias que serão aqui resumidas em um tempo de exploração servil que, infelizmente, não cessou. Sem terras e sem sustento as primeiras gerações do povo Tingui-Botó sofreram anos em condições de análogas a escravidão em trabalhos no campo, em pastos para criação de gado ou em canaviais. Relatos escandalosos como o do indígena Tingui-Botó que ficou perdido durante uma semana num canavial fica aqui como registro da dor e do anacronismo colonial.

Ler Mais
André Tingui

O Ouricuri E A Gênese De Um Povo

Entender o Ouricuri é uma tarefa difícil para as mentes não indígenas, céticas e condicionadas a um processo de pensar colonizado, branco e grafocêntrico O ritual é um segredo e mistério para aqueles que se aventuram a conhecer a cultura Tingui-Botó. Sacramentá-lo como parte da cultura deste povo é abrir mão dos preconceitos e ceticismos da ciência positivista. O Ouricuri é gênese porque só a partir dele José Ferreira Botó formou a aldeia, através dos conhecimentos de Pajé e ancião. Princípio e caminho de todo modo de vida Tingui-Botó. Se fosse possível fazer uma analogia entre o Ouricuri e um Plano, enquanto documento base do planejamento, talvez ele fosse um. Nas palavras de Eré Tingui-Botó, jovem e presidente da Associação de Jovens Produtores Tingui-Botó, é da Natureza que o povo retira a força, os ensinamentos, a tradição e os desígnios do fazer diário. Tudo isso é feito através do Ouricuri. Cercado de mistérios e especificidades, o planejamento nãoindígena, os técnicos, os promotores de políticas públicas, legisladores, não conseguem entender o quão potente é o Ouricuri na vida da aldeia e do povo. Aos planejadores dizem os que, seja no território Tingui-Botó, seja em outro território indígena em qualquer canto do país, abandonem por um momento o papel e a escrita e se ponham no círculo de diálogo indígena. Entender e respeitar a tradição oral é um princípio fundamental para planejar nestes territórios. O Ouricuri é prática sagrada, é lugar, pois onde se prática é chamado de Ouricuri, e são modos de vida

Ler Mais
André Tingui

Relatos E Histórias De Um Povo Originário

As origens do Povo TinguiBotó são descritas nas falas dos anciãos a partir do povo KaririXoco que hoje vivem em território demarcado pela FUNAI as margens do Rio São Francisco, próximo ao município de Porto Real do Colégio-AL. Neste ponto, é importante esclarecer que numa terra arrasada e cercada pelo privatismo latifundiário é difícil entender o movimento dos povos indígenas. Fica registrado aqui neste documento a ressalva de se aprofundar os estudos sobre os movimentos migratórios dos povos indígenas no passado e como eles continuam a fazê-lo hoje. José Ferreira Botó migrou da aldeia Kariri-Xoco levando consigo o conhecimento do Ouricuri, ritual sagrado para o povo Tingui-Botó e preservado até hoje. A migração e formação do Povo Tingui-Botó no século passado se ramificou e originou também, outro aldeamento, o do povo Tingui-Botó Aconã.

Ler Mais
André Tingui

Conhecendo O Território Tingui-Botó

A maior parte da população Tingui-Botó vive no município de Feira Grande, agreste alagoano. Uma pequena porção do território está localizado em Feira Grande, enquanto a maior parte do território se localiza no município de Campo Grande – AL. Atualmente o povo Tingui Botó é formado por aproximadamente 180 famílias com um total de mais de 500 indígenas. O principal meio de subsistência do povo vem da agricultura, principalmente do cultivo da mandioca, utilizada para a produção de farinha, do cultivo de batata doce e da produção e venda de artesanatos. A conquista da terra veio a partir da compra de três fazendas pela FUNAI. As duas primeiras em 1983, Fazenda Boacica (30 ha) e a Fazenda Olho D’água do Meio (31 ha) para assegurar um território mínimo para a etnia. A terceira em 2006, Fazenda Ypióca (59,6 ha). Hoje, as terras totalizam 121, 1 hectares de áreas agricultáveis e preservadas. (FIOCRUZ, 2013)

Ler Mais
André Tingui

Apresentação

A elaboração do Plano de Ação Tingui-Botó trata das particularidades locais. Contudo, a estrutura deste documento traz no seu cerne a proposta de ser, de certa forma, universal. As demandas apresentadas no processo de construção do Plano através do dialogo com os Tingui-Botó traz em questões urgentes no que concerne a realidade de lutas dos povos indígenas de toda a América Latina. Portanto, reconhecer as particularidades é, também, fazer o exercício de compreender as lutas comuns destes povos e suas culturas, seja no Estado de Alagoas, em outras partes do Brasil ou em outro canto da América Latina.

Ler Mais
Rolar para cima