Os relatos dos mais velhos, o Pajé, Adalberto Tingui-Botó (84 anos), filho de João Botó, Eduardo Tingui-Botó, seu filho (64 anos), o Cacique, Eliziano Tingui-Botó, Selma, liderança feminina (59 anos) e José Batista Tingui-Botó, liderança indígena (64 anos), são de um período de sofrimento e luta constante. As jornadas para Brasília estão presentes nas memórias e falas de todos eles. Histórias que serão aqui resumidas em um tempo de exploração servil que, infelizmente, não cessou. Sem terras e sem sustento as primeiras gerações do povo Tingui-Botó sofreram anos em condições de análogas a escravidão em trabalhos no campo, em pastos para criação de gado ou em canaviais. Relatos escandalosos como o do indígena Tingui-Botó que ficou perdido durante uma semana num canavial fica aqui como registro da dor e do anacronismo colonial.


